Entre as principais marcas de sua obra, que não apresenta propostas formais revolucionárias, mas um estilo sóbrio,. de recortes coloquiais, estão a conjugação do psicológico com o social e a alternância entre o vivido e o imaginado.
Cony estreou na literatura em 1958 com a publicação do livro O ventre, que lhe divulgou rapidamente o nome.
Uma das primeiras vozes da imprensa a protestar contra os militares, denunciando prisões e cassações, chegou a ser perseguido e preso durante a ditadura. Seu livro O ato e o fato, de 1964, reúne textos que foram publicados em sua coluna no jornal Correio doa Manhã e que desafiavam a ira dos militares.
Em Pilatos o auto faz uma crítica à "castração" imposta pela ditadura e, ao mesmo tempo, confessa um sentimento de impotência diante de tamanha repressão, Cony quis "lavar as mãos como Pôncio Pilatos", conforme disse em uma entrevista.
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